O Ministério da Saúde conseguiu antecipar 600 mil doses da vacina pediátrica contra a Covid-19, produzidas pela empresa Pfizer. A informação foi repassada pelo ministro Marcelo Queiroga. Segundo ele, os processos de fabricação ou importação de doses de vacina só podem ser realizados depois de uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além disso, o ministro defendeu ações conjuntas entre União, estados e municípios para ampliação da vacinação contra a doença. Na ocasião, Queiroga destacou a importância da segunda dose do imunizante, assim como da dose de reforço.
“Temos que continuar com o combate à pandemia, e a melhor forma é ampliar nossa campanha de vacinação, em relação à aplicação da segunda dose em alguns estados, que estão com essa fase em atraso, e a dose de reforço. Nós temos vacinas suficientes. As vacinas são enviadas aos estados que, por sua vez, devem enviar aos municípios”, pontuou.
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A Sociedade Brasileira de Infectologia, representada pela doutora Rosana Richtmann, apoia a incorporação da vacina da Pfizer para crianças na faixa etária de 5 a 11 anos. “Pelos dados apresentados e pelo número de menores de 18 anos no nosso país que nós perdemos por causa da pandemia – são mais de 2.500 crianças e adolescentes que nós perdemos – eu vejo como excelente a vinda de uma vacina em termos de proteção para essas crianças”, considerou.
De acordo com o Ministério da saúde, o primeiro lote, com 1,2 milhão de doses, deve chegar ao Brasil nesta quinta-feira (13). A distribuição das doses seguirá o critério populacional. Confira o percentual da população de 5 a 11 anos por estado:
Região Centro-Oeste (8,17%)
- Distrito Federal – 1,30%
- Goiás – 3,55%
- Mato Grosso do Sul – 1,47%
- Mato Grosso – 1,85%
Região Sudeste (39,18%)
- Espírito Santo – 1,93%
- Minas Gerais – 9,02%
- Rio de Janeiro – 7,49%
- São Paulo – 20,73%
Região Sul (13,17%)
- Paraná – 5,25%
- Rio Grande do Sul – 4,73%
- Santa Catarina – 3,19%
Região Nordeste (28,43%)
- Alagoas – 1,77%
- Bahia – 7,07%
- Ceará – 4,42%
- Maranhão – 4,02%
- Paraíba – 1,89%
- Pernambuco – 4,80%
- Piauí – 1,62%
- Rio Grande do Norte – 1,67%
- Sergipe – 1,17%
Região Norte (11,05%)
- Acre – 0,57%
- Amazonas – 2,77%
- Amapá – 0,55%
- Pará – 4,99%
- Rondônia – 0,93%
- Roraima – 0,38%
- Tocantins – 0,86%
Trâmite para aquisição de vacinas
Ainda de acordo com Marcelo Queiroga, o trâmite para aquisição e distribuição de vacinas no Brasil é considerado satisfatório, quando comparado ao processo realizado em outros países. “A indústria farmacêutica só pode deflagrar produção de doses após o aval da agência regulatória [Anvisa]. Então doses não aprovadas pela agência regulatória não podem adentrar no país, sob pena de caracterizar até mesmo crime sanitário”, destacou o ministro.