O Ministério da Saúde oficializou nesta sexta-feira (12) um acordo de cooperação técnica junto ao Instituto da Primeira Infância (Iprede), entidade do Ceará sem fins lucrativos que promove ações de combate à desnutrição infantil em cidades do Nordeste e Norte do Brasil. O pacto estabelece um investimento de quase R$ 1 milhão em iniciativas de prevenção à gravidez na adolescência e combate ao uso de drogas lícitas e ilícitas.
A ação contará com disponibilidade de cursos de capacitação direcionados às temáticas. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o intuito é que haja uma qualificação de profissionais que atuam junto a esses grupos e que eles possam se tornar multiplicadores das ideias apresentadas.
“Mostramos todas as possibilidades de atuarmos juntos para melhorar a qualidade de vida da infância e da adolescência nesse país. Ações como as que fazemos hoje têm como objetivo a prevenção da gestação na adolescência e também o combate ao uso de drogas. Temos que trabalhar fortemente para que consigamos mudar esse panorama que se quis restituir aqui, em um passado recente”, disse o ministro.
As ações educacionais fazem parte dos Ciclos Itinerantes de Promoção e Prevenção em Saúde, que compõem as Ações de Educomunicação em Saúde em Defesa da Vida, lançadas em setembro de 2020.
No geral, a iniciativa conta com quatro ciclos. São eles:
- Prevenção do Suicídio e da Automutilação;
- Prevenção da Gravidez na Adolescência;
- Prevenção do Consumo de Drogas Lícitas e Ilícitas;
- Ética da vida, relacionada à prevenção da violência contra crianças, mulheres e idosos.
“Nós precisávamos, também utilizando diversas temáticas sociais extremamente relevantes para o país, fazer com que a sociedade tomasse conhecimento da necessidade que cada um de nós tem de trabalhar com esses temas, evitando os problemas relacionados a eles”, explicou a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (SGTES), Mayra Pinheiro.
Referência internacional
O Iprede foi criado por profissionais que se sensibilizaram com a situação de pessoas desnutridas e que vivem num quadro de vulnerabilidade social. A ação contribuiu para a redução da taxa de desnutrição, que passou de 30% para 7% nas áreas de atuação. A informação é da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN).
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Em média, 950 famílias em situação de vulnerabilidade social são atendidas mensalmente. O Iprede também atua na elaboração de projetos voltados à capacitação profissional de mães e responsáveis pelas crianças. O projeto “TransforMaria”, por exemplo, ensina mulheres a cozinhar e entrar no mercado de trabalho.
O Iprede conta, ainda, com parcerias junto a instituições de ensino como Universidade Federal do Ceará, Universidade de Québec (Canadá), Harvard (EUA) e Academia de Ciências da China em pesquisas ligadas à neurociência e estimulação de crianças.