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Servidores dos Correios e bancários entram no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19

Trabalhadores dos Correios e bancários foram incluídos nos grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19. A notícia foi anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no dia 6 de julho. Cerca de 600 mil profissionais das duas categorias poderão ser imunizados.

Para que as doses possam ser enviadas aos estados, municípios e Distrito Federal, o Ministério da Saúde precisa divulgar nota técnica com as instruções. Segundo informou a pasta à reportagem, a nota ainda está sendo elaborada. 

De acordo com o presidente dos Correios, Floriano Peixoto, a vacinação para os funcionários da instituição é de grande valia. “Em nenhum momento as nossas agências ficaram bloqueadas, deixando de atender a comunidade, a sociedade e isso manifesta, portanto, um grande comprometimento também com aquilo que ela representa para a sociedade.”

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Apesar da categoria bancária ter sido incluída como prioritária, nem todas as cidades do país aderiram à regra. No Distrito Federal a vacinação foi suspensa e segue o cronograma de imunização apenas por idade. 

Em reunião extraordinária convocada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília na semana passada, a categoria autorizou paralisações setoriais na capital federal. Durante a reunião, os trabalhadores votaram em duas propostas: paralisação setorial e greve geral. No total, 41% dos bancários votaram pelas paralisações setoriais e 32% pela greve geral, enquanto o restante se absteve.

Funcionário do Banco do Brasil, em Brasília, Arthur Antonoff dos Santos disse que ficou animado ao saber que poderia ser vacinado, mas que a não inclusão da categoria pelo governo do Distrito Federal é lamentável. “Foi um banho de água fria para falar a verdade. A sensação é que a capital do Brasil está sempre dando um passo para trás ao invés de dar para frente. A gente vê outros estados que estão muito mais à frente que Brasília.”

Atualmente, o Plano Nacional de Operacionalização (PNO) possui 29 grupos na fila de prioridade da vacinação contra a Covid-19. 

Apesar da determinação do Ministério da Saúde, somente algumas cidades e estados brasileiros já se adequaram para incluir os carteiros no calendário de vacinação contra a Covid-19. Belém do Pará e Teresina (PI) já começaram a imunizar a categoria.

Campos dos Goytacazes (RJ), Macapá (AP), Uberaba (MG), Teresina (PI), Barueri (SP), Embu Guaçu (SP), Cotia (SP), Itapevi (SP), Taboão da Serra (SP) e Juquitiba (SP) são algumas das cidades que iniciaram a vacinação em bancários. Os prefeitos dos municípios de Osasco e Embu das Artes, em São Paulo, participaram de reuniões para garantir a imunização contra o coronavírus aos trabalhadores da categoria, mas ainda não anunciaram o início da vacinação.

A secretária geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Neiva Ribeiro, destacou que muitos bancários foram a óbito por decorrência da Covid-19. “No primeiro trimestre do ano passado [2020] para o primeiro trimestre deste ano, foram 177% a mais de óbitos dos bancários que estavam na linha de frente nas agências, porque estavam mais expostos ao vírus. E quando o bancário está exposto ao vírus, ele vai proliferar isso na agência, no atendimento aos clientes, e vai levar para a casa dele.”

Neiva Ribeiro pontuou ainda que a inclusão dos trabalhadores bancários no PNO é uma conquista não apenas da categoria. “Aqui em São Paulo nós temos procurado todas as prefeituras que estão na nossa base de representação e estamos em conversa com vários municípios porque tem uma divergência entre a orientação do governo federal e a orientação do governo estadual. Mas o sindicato tem dialogado com essas prefeituras, têm se colocado à disposição para intermediar as questões, porque nossa prioridade é que os bancários sejam vacinados para que eles possam estar protegidos para atender bem a população que precisa”, conclui.

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) informou à reportagem que não está falando sobre a vacinação de bancários e funcionários dos Correios com a imprensa. 
 

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